A maternidade romantizada é uma concepção da sociedade e, como tal, impõe padrões irrealistas às mulheres que, se não alcançados, podem acarretar impactos a saúde mental da mulher. Quando o assunto é amamentação, precisamos romantizar menos e acolher mais. Durante a gestação e puerério existe a ideia de que a mulher deva ser perfeita, dar conta de tudo, especialmente quando estamos falando do leite materno, que é o melhor alimento para o bebê, porém a partir do momento em que a amamentação envolva sofrimento da mãe ou bebê, deixa de ser benéfica.
Muitas mulheres “idealizam” a amamentação e se frustram ao se depararem com a realidade. Amamentar não é nada básico ou instintivo, e sim um processo que depende de tempo e de informação adequada, além de uma rede de apoio que a sustente durante esse período de aprendizagem.
Para amamentar é preciso muito mais que amor. É preciso disponibilidade física e emocional, doação do seu tempo e do seu corpo. É preciso estar informada para não ser desequilibrada pela cultura do desmame e para se manter segura e confiante diante de tantos mitos e palpites alheios. É preciso muita paciência, porque amamentar é aprendizado mútuo da mãe e do bebê. Uma rede de apoio com parceiros e parceiras, família e profissionais tem um papel fundamental nessa tarefa.