Com a iniciativa abrangente e inclusiva, Sociedade Brasileira de Mastologia dá o tom ao Outubro Rosa, visando reduzir os casos de câncer de mama no País
Até o final de 2023, mais 73.610 novos casos de câncer de mama devem ser diagnosticados no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). A estimativa em si é alarmante e, em várias medidas, reflete a desigualdade no acesso aos serviços de saúde e a falta de informação que impactam diretamente o diagnóstico e o sucesso no tratamento da doença no País. Esta realidade nacional, agravada pela falta de rastreamento mamográfico durante a pandemia de Covid-19, mobiliza a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) pela campanha Juntos somos mais fortes #cancerdemamatemcura.
“A campanha tem como foco o Outubro Rosa e demonstra seu caráter abrangente e inclusivo, com a preocupação de envolver profissionais de saúde, esferas governamentais, empresas e principalmente as famílias brasileiras sobre a necessidade de prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer de mama”, afirma o mastologista Tufi Hassan, presidente da SBM.
De acordo com a União Internacional para Controle do Câncer (UICC), 70% das mortes que têm a doença como causa ocorrem em países de baixa e média rendas. Condição agravante, a pandemia de Covid-19 resultou em queda significativa no rastreamento mamográfico, especialmente no Brasil.
Com o lançamento da campanha Juntos somos mais fortes #cancerdemamatemcura, a SBM, segundo Tufi Hassan, reforça a mensagem de que a doença tem cura. “E indica que podemos alcançá-la por meio de avanços médicos, detecção precoce da doença e tratamentos eficazes”, completa.
Também com foco na prevenção primária, a campanha pretende conscientizar a população sobre a necessidade de incluir rotinas para a melhoria da qualidade de vida. “Alimentação equilibrada, prática regular de atividade física, sem dúvida, figuram no topo da lista”, afirma o mastologista.
A proposta diferenciada da iniciativa tem a inclusão entre as preocupações primordiais. A campanha mostra que há condições que representam desafios tanto para os especialistas de saúde quanto para os pacientes. “Podemos destacar aqui os casos de surdez em que a paciente, por falta de uma comunicação eficaz, deixa de usufruir plenamente de informações importantes sobre prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer de mama”, pontua.
Se a condição socioeconômica, o nível de instrução, gênero e idade, entre outros fatores, são variáveis que influenciam a conscientização sobre a necessidade de rastreamento a partir de exames periódicos, a campanha da Sociedade Brasileira de Mastologia pretende unir a sua mensagem de esperança da cura com a força da solidariedade em ações conjuntas que representem um futuro com menos casos de câncer de mama no Brasil. “Fundamental também é ampliarmos, dentro e fora de casa, o apoio às mulheres em sua difícil jornada contra a doença”, finaliza o mastologista Tufi Hassan.